JÁ BASTA

Afundava a cabeça no travesseiro
Embalado por meus sonhos
Mergulhava cada vez mais
Na esperança de uma criança
Talvez inocente talvez cansada
Definitivamente convicta
De que no mundo, já basta
De tanta gente chata,
Demagógica e hipócrita.
Já basta de falsos pregadores
E de idiotas que se dizem doutores
E de doutores que não se dizem.
Procura-se demolidores de pedestais
Que não tenham problemas mentais
Aliás quem não os têm?
Com a cabeça afundada no travesseiro
Bem distante dos meus sonhos
Despertava cada vez mais
Sem esperança para um adulto
Talvez nocivo, talvez cansado, 
Definitivamente convicto
De que no mundo, já basta.

J. Mário Cavalcante



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