Num parece que a
todo instante estamos atrasados? nessa corrida louca que se chama
vida, tenho sempre a impressão que estou ficando para trás, parei
para amarrar o tênis e mais coisas passaram por mim, e lá vou eu
correr atrás do tempo perdido e corro… e me perco, quando vejo já
não sei porque estou correndo ou o que estou buscando e mais uma vez
me perdi.
Além da correria,
outra sensação recheia meus dias também, que é a constante sensação
de falta, sempre está faltando alguma coisa, tipo, dinheiro, afeto,
paz, paciência, perfume, calçado, alguma coisa na geladeira, tempo
2x, um grande amor entre outras milhares de coisas que nos faltam, e
mesmo no meio entre a correria e a falta, está minha sanidade “louca
louca” (um dia desses ela ameaçou me deixar ao deus dará).
O tempo vai passando
e começamos a nos culpar por nossas faltas e que não
conseguimos alcança-las, realmente acreditando que somos os únicos
culpados por nossos “fracassos”, mas já pararam para pensar
amigos leitores que grande parte de tudo isso não é culpa nossa ou
são coisas que não depende de nós.
Ontem mesmo ia para
casa com a cabeça cheia de inconformações a maioria relacionadas
as faltas que na nossa mente precisam ser supridas para que tenhamos
uma vida “completa”, “feliz” ou como muitos dizem “plena”,
involuntariamente vamos construindo nossas metas focados na falta
(claro que você leitor pode estar pensando que temos que buscar o
que nos falta) mas não se trata disso, quero dizer que estamos tão
presos nessa via de mão única de conquistar o que nos falta, que não
aproveitamos as conquistas ou já conquistamos, é preciso desacelerar
um pouco.
Allan
Kardec em
“O
Livro dos Espíritos” escreve
uma frase que retrata o que conversamos aqui, ele diz
que “O mais rico é aquele que tem menos necessidades”, e
se pararmos para pensar um pouco.
Realmente precisamos de tudo isso
que achamos que precisamos?
Sabe
o que precisamos?
Priorizar
as relações humanas, nos afastarmos um pouco dos desejos materiais,
esquecer
o escritório quando não estiver lá, ser até um pouco
inconsequente sair do modo automático pra ver no que dá.
Talvez
assim o mundo deixe de ser tão cinza e comece a surgir cores nesse
caminho que se chama vida. (As palavras estão funcionando a sanidade
até sorriu).
J. Mário Cavalcante
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